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6/28/2015 09:36:00 AM
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caixeta
Cerrado
Flora do Brasil
Handroanthus impetiginosus
ipê-roxo
lapachol
pau-d'arco
Plantas Medicinais
Plantas Ornamentais
Tabebuia avellanedae Tabebuia impetiginosa
Universidade de Brasilia.
E no auge da estão seca no Cerrado,
eis que surgem majestosos os ipês. O espetáculo de cores começa entre no final
do mês Maio com a florada do ipê-roxo, também chamado de ipê-caixeta, ipê-roxo-de-bola,
pau-d’arco, piúna e uma dezena de outros nomes populares.
Folhas e coloração das cascas da planta de ipê-roxo. Fotos: J. Camillo. |
Descrição botânica: Árvore medindo entre 8 e 30 metros de
altura, da família botânica Bignoniaceae. O tronco é ereto e o fuste arredondado,
a coloração da casca pode variar entre pardo-escura a preto. As folha são compostas,
com 5 folíolos desiguais. As flores são reunidas em inflorescência na porção
terminal dos galhos, formando “bolas” de flores, motivo pelo qual também é
chamado de ipê-roxo-de-bola. As flores tem coloração rosa-violeta e o interior
amarelado. O fruto tem formato capsular, medindo 25 a 30 cm de comprimento como
numerosas sementes aladas.
Para
quem for buscar informações mais detalhadas sobre esta espécie, a dica é
considerar duas sinonímias botânicas relevantes: Tabebuia avellanedae Lorentz
ex Griseb e T. impetiginosa Mart. ex DC., pois muitos artigos
fazem referência aos antigos nomes científicos, atualmente considerados sinônimos.
A cor cinza da paisagem do Cerrado foi desenhada especialmente para destacar a beleza das flores do ipê. |
Onde
ocorre: É uma planta
nativa da flora do Brasil encontrada em quase todos os estados. Pode ser
observada também em outros países, desde o México até a Argentina. Não é comum
em regiões frias, uma vez que não tolera geadas. A espécie pode ser encontrada em diversas formações florestais, tanto em
matas densas como em áreas mais abertas, conforme observado no Cerrado.
Usos: Ornamental,
medicinal e madeireiro. A beleza de sua florada e a adaptação da planta às
diferentes regiões, tornou o ipê-roxo uma das espécies preferidas na
arborização urbana no Brasil. No
paisagismo é indicada para áreas de parques, jardins e canteiros centrais de
avenidas, podendo ser utilizada inclusive próxima de áreas calçadas. Só não é
indicado seu cultivo para áreas onde existem piscinas ou fontes artificiais, pois
a queda das folhas poderá trazer prejuízos para a manutenção dos reservatórios.
Outro uso muito importante é como medicinal. As cascas da planta contém
lapachol, uma substancia com potencial no tratamento da malária e de alguns
tipos de câncer. A madeira é nobre, utilizada na construção civil, naval e
movelaria. É uma espécie melífera e também pode ser utilizada na recomposição
de áreas degradas.
Aspectos agronômicos: As plantas florescem durante os meses de Maio a Setembro,
sempre com a árvore totalmente despida de folhagem. Os frutos amadurecem a
partir de meados de Setembro até Outubro, quando é possível colher sementes
para a produção de mudas. A germinação pode ser feita em canteiros ou em sacos plásticos
individuais. Como substrato pode ser utilizada uma mistura à base de solo
argiloso + areia + esterco (1:1:1), ou adquirir no comércio substrato próprio para
produção de mudas. O tempo de viveiro varia entre 6 a 8 meses, quando as
plantas estarão prontas para o plantio definitivo. O plantio deve ser feito em
condição de sol pleno, com regas frequentes até o estabelecimento da muda. Posteriormente,
é uma planta que demanda poucos cuidados, sendo pouco afetada por pragas e
doenças e bastante resistente à seca.
Eles estão por todos os lugares, nas praças, nos parques, nas ruas, nos jardins das casas, por onde se olhe. |
Referências bibliográficas
CUNHA,
A.O.; ANDRADE, L.A.; BRUNO, L.A.A.; SILVA, J.A.L.; SOUZA, V.C. Efeitos de
substratos e das dimensões dos recipientes na qualidade das mudas de Tabebuia impetiginosa (Mart. Ex D.C.)
Standl. Revista Árvore, 29(4), 507-516,
2005.
IBF - Instituto Brasileiro de Florestas. Ipê-roxo. Disponível em: <Link>.
Acesso em 11/06/2013.
IPEF - Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais. Ipê-roxo. Disponível em: <Link>.
Acesso em: 10 de Ago, 2010.
LOHMANN, L.G. Bignoniaceae in Lista de Espécies da Flora do
Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (Link).
2015.
LORENZI,
H. Árvores brasileiras: manual de
identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Ed. Plantarum. 352 p.
1992.
LORENZI, H. Árvores
brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do
Brasil. Vol. 1. 5 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.
SOUZA,
P.A.; VENTURIN, N.; MACEDO, R.L.G. Adubação mineral do ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa).
Ciência Florestal, 16(3), 261 - 270, 2006.
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