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7/22/2015 08:36:00 AM
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Agronomia
Cerrado
Erythrina speciosa
Mata Atlantica
Mulungu
Plantas Medicinais
Plantas Ornamentais
Universidade de Brasilia
Os mulungus são plantas da flora brasileira muito utilizados
na medicina popular, e durante as próximas semanas falaremos sobre algumas
delas. Estamos na época de florada dos mulungus, que além do uso medicinal, são
também extremamente ornamentais. Esta semana vamos falar do mulungu mais
conhecido de todos, o mulungu-vermelho ou também chamado de corticeira,
maçaranduba, sananduva ou eritrina-candelabro pela disposição de suas flores
que lembram as velas de um candelabro. O nome Erythrina, vem do grego erythros
que significa vermelho, pela coloração das flores de várias espécies deste
gênero.
Descrição botânica: É uma árvore pequena, medindo entre 2 a 3 metros
de altura, muito ramificada e que perde as folhas durante a floração; o caule
possui espinhos em toda sua extensão e é recoberto por uma camada de casca que
vai se desprendendo lentamente, conferindo uma coloração amarronzada; as folhas
são trifolioladas e as
inflorescências se formam na porção
terminal dos ramos, após a quedas das folhas,
dispostas em cachos;
as flores tem coloração vermelha, são alongadas com até 5 cm de comprimento e
em seu interior abrigam numerosos estames.
Mulungu (Erythrina speciosa Andrews). A) Planta inteira; B) Caule e galhos cobertos de espinhos; C) Detalhe das folhas. |
Onde ocorre: É
uma planta típica de áreas de brejo e margens de rios, mas também se desenvolve
em terra firme. Pode ser encontrada em quase todo Brasil, sendo mais escassa na
região Norte, uma vez que é planta mais comum nos biomas Cerrado e Mata
Atlântica. No Cerrado floresce durante a época da seca, destacando-se na
paisagem cinza própria da estação.
Flores e vagens com sementes. |
Usos: Os mulungus são
plantas medicinais, além de bastante ornamentais. Preparados à base de folhas,
cascas, raízes, flores e frutos são utilizados na medicina popular como
sedativo, tranquilizante, antitussígeno e no tratamento de doenças do sistema
respiratório. Estudos farmacológicos comprovam sua eficácia medicinal, além de
demonstrarem que esta espécie tem potencial medicinal também como analgésica, anti-inflamatória e
antimicrobiana. Porém, deve-se alertar que o uso de
qualquer planta medicinal deve ser feito sob prescrição e acompanhamento de
profissionais da saúde especializados no assunto. O mulungu também possui
propriedades tóxicas e poderá causar sérios danos à saúde, se for utilizado de
maneira incorreta.
O mulungu, pela conformação da
planta e beleza de suas flores também é ornamental, podendo ser utilizado na
ornamentação de praças, parques, jardins e avenidas. Esta espécie não possui um
sistema radicular muito agressivo e por isso pode ser cultivado próximo de
áreas calçadas. A planta pode ser cultivada isolada, em maciços ou compondo o
jardim em conjunto com outras espécies.
Aspectos agronômicos: A produção de mudas é feita por sementes.
Embora se utilize a propagação por estaquia para muitas espécies de mulungu,
para esta não tem sido um método muito utilizado. As sementes apresentam
dormência e por isso, recomenda-se efetuar imersão em água durante 24 horas
antes do plantio. A germinação pode ser feita em saco plásticos contendo substrato
preparado com uma mistura de solo, areia e esterco, na proporção de 3:2:1. O
tempo de viveiro pode variar entre cinco e sete meses, quando as mudas podem
ser transplantadas para locar definitivo. As mudas também podem ser adquiridas
com facilidade em viveiros comerciais. Uma vez estabelecida, a planta não é
exigente em tratos culturais, podendo-se eventualmente realizar podas de
manutenção.
Referências bibliográficas
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PANIZZA, S. Plantas
que curam: cheiro de mato. 19ª
edição. São Paulo: Ibrasa. Biblioteca de Saúde; p. 41, 1997.Imagens: J. Camillo.
Olá, obrigado pela rica fonte de informação que é seu blog. Pesquisando, encontrei essa arvoreta, e seria ideal para meu jardim (tamanho, estrutura, beleza) se não fosse pela toxicidade. Escrevo por isso, quanto deveria me preocupar à respeito de potencial envenenamento de criança pequena? Parece-me que a maior concentração estaria nas sementes. Quão tóxica? Certo da compreensão, e parabéns pelo belo trabalho.
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