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12/02/2014 10:00:00 AM
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Butia archeri
butiazinho
Flora do Brasil
Plantas Ornamentais
Sobradinho - DF
Esta
semana, a planta da vez é o butiazinho. Para uma Agrônoma meio Bióloga, apaixonada
pelo Cerrado, esta espécie é uma das mais bonitas. E a beleza desta planta está
justamente na sua simplicidade, afinal, como se diz por ai “menos, é sempre mais”.
Butiazinho (Butia archeri). Foto: J.Camillo. |
A espécie é conhecida popularmente
como butiazinho, coqueirinho-do-campo, butiá-do-campo, butiá-do-cerrado ou palmeira-butiá.
Em alguns locais do Cerrado, as folhas desta palmeirinha são utilizadas para a
confecção de vassouras, daí atribui-se também o nome popular de
palmeira-de-vassoura.
Embora seja ainda raro, é possível encontrar
mudas desta espécie à venda em alguns viveiros especializados, principalmente, nas
regiões Centro-Oeste e Sudeste. No entanto, deve-se tomar muito cuidado na hora
da compra, pois diversos viveiros e sites, oferecem mudas de Butiá comum (Butia capitata) como sendo butiazinho (B. archeri), por isso é importante
procurar um viveirista idôneo na hora de comprar qualquer tipo de planta.
Detalhe das folhas e pecíolos lisos, sem espinhos. Foto. J.Camillo. |
Características botânicas: A planta
apresenta caule subterrâneo ou aéreo, de até 1,3 metros
de altura e 10-20 cm de diâmetro. As folhas possuem coloração verde-clara
acinzentada e podem chegar a 70 cm de comprimento. A inflorescência é do tipo
espata, contendo flores masculinas e femininas distribuídas em ráquilas ao
longo da raque floral. Os frutos (coquinhos) são pequenos com 1 a 1,4 cm de diâmetro,
globosos e contém entre 1 a 3 sementes.
Onde ocorre: O butiazinho (B. archeri) só
Emissão da inflorescência (espata). Foto: J.Camillo. |
é encontrado no Brasil e em apenas alguns locais específicos no
bioma Cerrado, nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal.
Pode ser encontrado nas fitofisionomias tipo campos rupestres,
cerradão, campo sujo e campo úmido.
Diversos
trabalhos mencionam que a espécie está quase extinta ou corre grande perigo de extinção.
De fato, a destruição rápida do cerrado é um dos fatores que mais pesam para o
desaparecimento da flora nativa e certamente, torna a espécie bastante
vulnerável. No entanto, segundo o site da Flora do Brasil (Link)
a espécie é classificada como Pouco Preocupante e segundo Lima et al. (2003), a
B. archeri embora seja pouco
frequente (ocorra em poucos locais no bioma), ocorre em alta densidade, ou
seja, muitos indivíduos próximos uns dos outros.
Usos: A planta é bastante ornamental. Seu formato
arredondado, conferido pela disposição das folhas de cor verde-clara, por vezes
até meio azulada, torna a planta uma excelente opção para pequenos jardins. O
plantio pode ser feito de forma isolada ou em grupo de 3 ou 4 plantas. Seu porte reduzido, poderia
viabilizar sua utilização também em vasos e floreiras.
Exemplo de uso do Butiazinho no jardim, em plantio isolado. Sobradinho - DF. Foto: J.Camillo. |
Aspectos ecológicos e agronômicos: É uma planta bastante rustica, de crescimento lento. Floresce de maio a dezembro e frutifica de julho a fevereiro. Seu cultivo deve ser feito, preferencialmente, em condição de pleno sol, mas tolera curtos períodos de sombreamento. No seu hábitat natural, prefere solos arenosos e rochosos, bem drenados e em geral, ácidos.
As plantas
adultas toleram bem o transplante. No entanto, deve-se alertar para o risco do
extrativismo de plantas no Cerrado, pois esta pratica contribui para a extinção
da espécie localmente. Também é bom lembrar que a retirada de plantas de áreas protegidas
é proibida por lei, sendo o praticante enquadrado em crime ambiental.
Como a
maioria das palmeiras, é uma planta rustica e resistente a períodos de seca. O
baixo consumo de água tem sido um requisito bastante valorizado em plantas para
paisagismo, principalmente em época de escassez hídrica, além de demandarem
poucos cuidados para sua manutenção.
Inflorescência desenvolvida e próxima da época de abertura. Foto: J.Camillo. |
Limitações: Ausência quase total de informações botânico/agronômicas.
Pouco se sabe sobre a melhor forma de propagação, clima, solo, regas, pragas e
doenças, etc. Alguns trabalhos informam que as sementes germinam com dificuldade,
provavelmente devido a algum tipo de dormência, muito comum em semente de
palmeiras. Além disso, a espécie apresenta problemas de fertilização,
constatada pela elevada taxa de abortamento de floral.
Referências Bibliográficas
LEITMAN, P. et al. Arecaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: Link. Acesso em: 29 Nov. 2014.
LIMA, E.S. et al. Diversidade, estrutura e distribuição espacial de palmeiras
em um cerrado sensu stricto no Brasil Central - DF. Revista Brasileira de Botânica, 26(3), 361-370, 2003.
PALMPEDIA. Butia
archeri. Disponível em: Link.
2014.
PRIETO, P.V. et al. Butia
archeri. Disponível em: Link.
2014.
muito bom essa reportagem mas gostaria muito de fazer mudas desse coqueiro para fazer uma grande plantaçao e tirar eles do risco da extinçao por isso gostaria muito de conhecer essa biologa que esta fazendo o estudo sobre ele meu nome e elielma rosa da cruz moro em santa tereza goias
ResponderExcluirElielma os Butiás não são coqueiros más palmeiras, costumo dizer que "todo coqueiro é uma palmeira más nem toda palmeira é um coqueiro", fica a dica.
ExcluirBoa noite gostaria de saber se essa Palmeira é a mesma que é feito vassouras?
ResponderExcluirPossivelmente sim na minha região usavam mas são muitas espécies que também eram usadas!
ExcluirBoa noite gostaria de saber onde consigo muda dessa palmeira desde já obrigado
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