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3/14/2019 04:41:00 PM
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barbatimão
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casca da virgindade
Cerrado
Flora do Brasil
Plantas Medicinais
Stryphnodendron adstringens
Esta foi a planta que despertou meu interesse pelo estudo do nosso maravilhoso bioma Cerrado. Foi assunto do meu trabalho de conclusão de curso de graduação, estudando a diversidade genética em diversas populações da espécie no Brasil central. É planta medicinal valiosa para muitas comunidades tradicionais no Cerrado, que usam a casca das árvores para preparar banhos, chás, garrafadas, pomadas e outros produtos.
Esta planta também é conhecida pelos nomes populares de casca-da-mocidade ou casca-da-virgindade, em alusão ao potencial cicatrizante atribuído às suas cascas. Reza a lenda que, banhos ginecológicos com o chá das cascas de barbatimão era capaz de “reparar o malfeito nas moças” e acelerar a cicatrização em parturientes.
Esta planta também é conhecida pelos nomes populares de casca-da-mocidade ou casca-da-virgindade, em alusão ao potencial cicatrizante atribuído às suas cascas. Reza a lenda que, banhos ginecológicos com o chá das cascas de barbatimão era capaz de “reparar o malfeito nas moças” e acelerar a cicatrização em parturientes.
Descrição botânica: É uma arvoreta muito comum no Cerrado, da família Fabaceae, pode medir de 2 a 5m de altura, tortuosa, com muitos ramos curtos e casca grossa, fendida longitudinalmente, expondo a entrecasca de coloração avermelhada. As folhas são pinadas, com folíolos arredondados e coloração verde clara. As inflorescências têm formato de espiguetas, com minúsculas flores de cor amarelo clara. O fruto é um legume indeiscente, inicialmente verde, passando a castanho escuro conforme avança a maturação.
Onde ocorre: Nativo do Brasil, o barbatimão é encontrado no Cerrado e na área de transição entre o Cerrado e a Caatinga. Planta típica de áreas de campo sujo e cerradão, em solos profundos e de composição arenosa.
Onde ocorre: Nativo do Brasil, o barbatimão é encontrado no Cerrado e na área de transição entre o Cerrado e a Caatinga. Planta típica de áreas de campo sujo e cerradão, em solos profundos e de composição arenosa.
Usos: As cascas do tronco e ramos são empregadas na medicina popular para curar doenças sexualmente transmissíveis, inflamações e cicatrização de feridas na pele, fabricação de cremes e sabonetes para limpeza de pele. As cascas, maturadas no álcool ou cachaça, compõe garrafadas para as mais diversas finalidades. A casca avermelhada fornece material corante para artesanato, além de ser matéria-prima para a extração de tanino para a indústria química. O tronco fornece madeira para pequenas construções, marcenaria e torno.
Existem inúmeros estudos científicos que demonstram o potencial anti-inflamatório e cicatrizante dos extratos de casca de barbatimão. Um desses estudos menciona que a pomada de barbatimão pode apresentar efeito superior àqueles observados com o uso das pomadas comerciais a venda no Brasil. Em 2009 foi lançada a primeira pomada de barbatimão (Fitoscar) com registro no Ministério da saúde, produto de pesquisas desenvolvidas por universidades brasileiras.
Existem inúmeros estudos científicos que demonstram o potencial anti-inflamatório e cicatrizante dos extratos de casca de barbatimão. Um desses estudos menciona que a pomada de barbatimão pode apresentar efeito superior àqueles observados com o uso das pomadas comerciais a venda no Brasil. Em 2009 foi lançada a primeira pomada de barbatimão (Fitoscar) com registro no Ministério da saúde, produto de pesquisas desenvolvidas por universidades brasileiras.
Aspectos agronômicos: A produção de mudas é feita por sementes, que devem ser semeadas logo após a colheita, em substrato composto por duas partes de terra de mata, 1 parte de areia e 1 parte de esterco bem curtido. O tempo de viveiro pode variar de 12 a 18 meses.
Cuidados: As flores do barbatimão são toxicas para abelhas, porém, já existem estudos que permitem minimizar os efeitos sobre as colmeias. As favas (frutos) podem causar intoxicação em bovinos e sua ingestão por outros animais domésticos também deve ser evitada.
Outro cuidado importante é observar a forma correta de colheita das cascas, a fim de evitar a morte das plantas. Deve-se escolher plantas adultas, com mais de 10cm de diâmetro de caule; cortar as cascas a altura mínima de 1 m acima do solo e em placas de até 30 cm de comprimento; não efetuar o anelamento do caule (corte total da casca em um único ponto); colher as cascas, preferencialmente, nos meses de julho a novembro, antes do período de floração e frutificação. Uma nova colheita de cascas na mesma planta somente será efetuada após 3 a 4 anos.
Bibliografia recomendada
MARTINS, E.R. et al. In: VIEIRA, R.F.; CAMILLO, J.; CORADIN, L. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Centro-Oeste. Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade. – Brasília, DF: MMA, 2018. (Link)
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