Sempre-viva (Xerochrysum bracteatum)

by 3/05/2019 10:21:00 AM 0 comentários


O momento saudosista do dia é para lembrar das flores da minha infância, e foram muitas: papoulas, rosas, margaridas, camélias, cravos, flor de laranjeira e muitas outras. Mas meu encanto era mesmo pelas flores silvestres, especialmente as sempre-vivas, até pela sua raridade. Rígidas e ao mesmo tempo tão delicadas, talvez por isso as admirasse tanto.

Esta sempre-viva é mais comum no Sul do Brasil, onde também é chamada de flor-de-palha. Seu nome científico é Xerochrysum bracteatum. Foi descrita pela primeira vez em 1803 pelo botânico francês Étienne Pierre Ventenat, quando recebeu o nome de Helichrysum bracteatum. Em 1990 a espécie foi reclassificada, passando a fazer parte do gênero Xerochrysum, tal como é conhecida atualmente.

Descrição botânica: Arbusto ereto, ramificado e perene, que pode apresentar variação no tamanho e formato das plantas conforme a região de ocorrência. As flores são compostas por brácteas rígidas, de coloração amarela, branca, rosada ou avermelhada. 

Onde ocorre: Espécie nativa da Austrália, com ocorrência em diversos países. No Brasil é encontrada com mais facilidade nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste (sul da Bahia), sendo considerada naturalizada devido à sua boa adaptação ao País. É planta típica de ambientes alterados, bordas de florestas e áreas degradadas. Ocorre em populações densas e, frequentemente, é considerada invasora de áreas agrícolas.

Usos: A sempre-viva é cultivada em alguns jardins no sul do Brasil como planta ornamental ou para a produção de arranjos artesanais frescos ou como flor-seca. Também pode ser coletada nos campos. Muito usada em buquês de flores silvestres e, nos jardins, podem formar maciços de grande beleza e durabilidade.

Propagação: Por meio de sementes ou estaquia dos ramos. Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, rico em matéria orgânica e com boa drenagem. Não suporta encharcamento. As folhas e flores são sensíveis à geada, porém, a base da planta se mantém viva e rebrota posteriormente. Prefere regiões com climas amenos.


Curiosidades: A espécie foi cultivada inicialmente na Alemanha, por volta de 1850, onde também foram desenvolvidas as primeiras cultivares anuais, com flores de colorações variadas entre o branco, o dourado e o purpura. Atualmente, é possível adquirir no mercado nacional pacotes com sementes de colorações variadas para cultivo em jardim.


Bibliografia recomendada
Barcelos, L.B.; Heiden, G. Xerochrysum in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <Link>. Acesso em: 05 Mar. 2019

Russell, J. (2015). The story of 'Xerochrysum bracteatum'. Journal (Australian Native Plants Society. Canberra Region), 18(3), 16.

Wikipedia. Link

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