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9/04/2020 09:26:00 AM
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O Brasil possui uma grande riqueza de jacarandás. Em cada região se conhece um tipo, uma denominação, uma flor, enfim, cada um descreve um jacarandá diferente. Mas a planta da vez é o jacarandá-de-minas, que floresce no final da seca e, muitas vezes, é confundido com ipê-roxo. Aliás, muitas pessoas me mandam fotos para identificação porque acharam lindo o ”ipê-roxo”, que na verdade era um dos muitos jacarandás. Então vamos conhecer melhor essa árvore linda, que embeleza e se destaca no cinza das matas secas.
Descrição botânica: Família Bignoniaceae, árvore com 5 a 10 metros de altura, copa arredondada e bastante ramificada. As folhas são bipinadas, com 20 a 40 cm de comprimento. As flores são tubulosas e medem entre 5 a 7 cm de comprimento, tem cor arroxeada e são reunidas em cachos no final dos ramos. Os frutos são secos e se abrem quando maduros, expondo numerosas sementes aladas.
Onde ocorre: Planta típica do Cerrado, Pantanal e áreas de transição com a Mata Atlântica. Pode ser observado em floração em áreas de encosta, se destacando na mata. O nome “jacarandá-de-minas” se deve à sua alta ocorrência nas matas do estado de Minas Gerais, sobretudo na região do Triângulo Mineiro e norte de São Paulo. A espécie não é endêmica da flora brasileira, sendo encontrada também em países vizinhos, especialmente, nas áreas pantaneiras da Bolívia e Paraguai.
Usos: De uso comum no paisagismo urbano do Brasil central, o jacarandá-de-minas pode ser facilmente avistado, quando em floração, nas quadras e avenidas de Brasília e outras cidades do Centro-Oeste. Apresenta importante função ecológica quando usado na recuperação de áreas degradas e como espécie melífera, sendo importante fonte de alimento para abelhas nativas. As folhas são usadas na produção de inseticida caseiro e o chá da raiz usado como sarnicida. Folhas e cascas são usadas na medicina popular como depurativo do sangue, no combate à febre e no trato de infecções bacterianas.
Aspectos agronômicos: A produção de mudas é feita por sementes, plantadas logo após a colheita. Sementes armazenadas por mais de 4 ou 5 meses, requerem quebra de dormência por imersão em água fervente e permanência em água por 24 horas. O plantio é feito em sacos plásticos pretos próprios para mudas, em solo leve (1 parte de solo/1parte de areia), e a germinação ocorre em 1 ou 2 semanas. Também é possível adquirir mudas de qualidade em viveiristas especializados.
Bibliografia recomendada
Gomes-Bezerra, K.M.; Reis, P.A.; Kuhlmann, M. Jacaranda cuspidifolia (Jacarandá-de-Minas). In: Vieirra. R.F.; Camillo, J.; Coradin, L. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial : plantas para o futuro : região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2018.
https://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiversidade/category/54-agrobiodiversidade
Jacaranda in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB114124. 2020.
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