Zinia [Zinnia spp.)

by 11/01/2021 09:58:00 AM 0 comentários

Tenho especial admiração pelas flores que atraem polinizadores e que fornecem alimento para as abelhas, afinal, sem abelhas não há alimento para os humanos! Me encanta a diversidade de cores e formas das zinias. Essas plantas lembram muito minha infância lá na roça. Por serem muito resistentes, de fácil cultivo e baixa manutenção, toda casa tinha ao menos uma zinia colorindo o jardim. Atualmente existem diversos híbridos e cores a venda no mercado nacional, tanto aquelas de porte pequeno, usadas como forração temporária no paisagismo urbano, quanto aquelas de porte alto cultivadas no jardim, cujas sementes se perpetuam de geração em geração.


Descrição botânica: Da família Asteraceae, ervas anuais, com porte ereto e altura variando de 40 a 60 cm como em Z. peruviana a mais de 1,0 m como em Z. elegans. Folhas simples, de textura áspera, medindo entre 6 a 14 cm. As flores, na verdade, são inflorescências tipo capítulo, que reúnem dezenas de minúsculas flores no centro. As inflorescências são coloridas e muito vistosas, podem ser simples ou dobradas e apresentam grande variação de cores.

Onde ocorre: As Zinnias são nativas da costa oeste da América do Sul, ocorrendo naturalmente desde a Argentina até o México. No Brasil, o gênero é considerado naturalizado e as duas espécies (Z. elegans e Z. peruviana) são cultivadas como ornamental em praticamente todas as regiões do país.


Usos: As plantas de porte menor, até 30 cm de altura, são utilizadas para cultivo como forração temporária, principalmente nos canteiros de ruas e avenidas ou como planta envasada. Já as de porte mais elevado, são mais usadas para a produção de flor de corte ou na composição de maciços e bordaduras. Por sua rusticidade, têm sido estudadas para a composição de jardins filtrantes, no tratamento de água cinza. Na região andina, a zinia é utilizada na medicina tradicional para o tratamento da malária, problemas hepáticos e digestivos, como antifúngica e antibacteriana. Estudos farmacológicos já confirmaram o potencial antibacteriano dos extratos das folhas de Z. peruviana. Além disso, diversos estudos apontam para uma multiplicidade de usos potencias destas espécies com fins terapêuticos. As inflorescências coloridas também são utilizadas na extração de corante para tecidos.


Aspectos agronômicos: Multiplicam-se com facilidade por meio de sementes. A semeadura pode ser feita diretamente no canteiro ou em bandejas próprias para mudas. Sua grande capacidade de multiplicação faz com que estejam presentes tanto em jardins quanto como invasoras em áreas recentemente alteradas, depósitos de terra ou entulho em áreas degradadas. O cultivo, feito sempre em pleno sol, é fácil e não requer muita manutenção. A floração dura quase o ano todo, sendo necessário, entretanto, renovar as plantas após cada ciclo.



Bibliografia recomendada

Lorenzi, H.; Souza, H.M. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 4ª ed. 2008.

Satorres, S. E. et al. Antibacterial activity of organic extracts from Zinnia peruviana (L.) against gram-positive and gram-negative bacteria. Emirates Journal of Food and Agriculture, 24(4), 344, 2012.

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