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10/22/2021 02:10:00 PM
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begônia
Begonia maculata
biodiversidade brasileira
Espírito Santo
Mata Atlantica
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Plantas Ornamentais
plantas para interior
Rio de Janeiro
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zona da mata
Literalmente, essa é a planta da vez! A begônia-maculata, esquecida por muitas décadas, foi redescoberta pelos amantes de plantas ornamentais, tornando-se uma das espécies mais cobiçadas da atualidade. Sua folhagem é elegante e a florada delicada, é planta de fácil cultivo em ambiente interno ou externo. A bela petit pois confere um ar retrô ao ambiente, remetendo à moda dos anos 1950/60.
Como outras plantas ornamentais, o que encontramos no mercado nacional são híbridos ou variedades melhoradas geneticamente, que diferem entre si e, inclusive, da espécie original nativa. E há que se considerar também, a grande variabilidade genética existente dentro da espécie. Aqui não entrarei neste nível de detalhes, a parte botânica deixo para os especialistas resolverem, meu objetivo é apenas mostrar a beleza e possibilidades de uso de mais uma planta autenticamente brasileira, coisa que poucos sabem. As fotos que ilustram esta matéria são da begônia-maculata tal qual o leitor vai encontrar no comércio.
Descrição botânica: Da família Begoniaceae, planta herbácea, com 1 a 3 m de altura, caule ereto e cilíndrico. Folhas alongadas, com 10 a 15 cm de comprimento, pontiagudas, com porção superior verde escura ou verde amarronzada com pontuações acinzentadas e porção inferior de coloração avermelhada. As flores são reunidas em cachos, denominadas cimeiras, que podem conter de 40 a 50 flores brancas, com muitos estames amarelados no centro. As sementes são aladas, reunidas em pequenos frutos tipos cápsulas.
Onde ocorre: Planta nativa e endêmica do Brasil, ou seja, encontrada naturalmente apenas na Mata Atlântica dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Alguns estudos apontam para a ocorrência da espécie também na Zona da Mata mineira e em áreas de mata úmida do Cerrado.
Usos: Planta ornamental amplamente cultivada no Brasil nos jardins das décadas de 1950 ou anterior. Por muitos anos foi relegada à condição de planta espontânea nos jardins das casas das avós do sul e sudeste do Brasil. Atualmente é um dos produtos mais raros e caros da floricultura nacional. Entretanto, com a visibilidade que a planta vem ganhando, espera-se que, em breve, haja um aumento da oferta e diminuição dos preços. Vai bem em vasos, floreiras ou mesmo no chão, cultivada sozinha, em maciços ou combinada com outras begônias. A beleza de sua folhagem pintadinha e a delicadeza das flores, são um deleite a quem aprecia plantas diferentes.
Aspectos agronômicos: A produção de mudas é feita facilmente por estacas de galhos ou pela divisão das touceiras. Por sementes também é possível. Pode ser cultivada tanto em sol pleno como na sombra. O solo deve ser rico em matéria orgânica e com boa drenagem. As regas devem ser moderadas, porém, constantes. Plantas mantidas em vasos ou floreiras, devem receber adubação rica em fósforo para facilitar a floração e a manutenção de folhas vistosas. Na natureza as plantas florescem uma vez ao ano, com pico nos meses de verão. Já as plantas cultivadas podem florescer várias vezes ao ano, a depender do clima, umidade, da adubação e da aclimatação ao ambiente interno.
Bibliografia recomendada
Feliciano, C.D. Flora de Minas Gerais – Begoniaceae. 2009. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-29102009-172815/publico/Carolina_Feliciano.pdf
Jacques, E.L.; Gregório, B.S. 2020. Begoniaceae in Flora do Brasil 2020.
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5663
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