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8/09/2015 08:49:00 AM
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Agronomia Universidade de Brasilia
Erythrina velutina
Mulungu
mulungu-da-caatinga
plantas alimentícias
Plantas Medicinais
Plantas Ornamentais
suinã
E para finalizar a série, esta semana vamos conhecer o
mulungu-da-caatinga, mais raro que as outras espécies, mas apresenta uma das
flores mais bonitas do gênero Erythrina.
Descrição botânicas: Pertence
à família botânica Fabaceae, árvore com até 15 m de altura e tronco com até 80
cm de diâmetro; tronco e galhos com espinhos; copa ampla, aberta e arredondada;
folhas compostas por três folíolos ovais ou triangulares, com pelos na
superfície e aparência aveludada; as flores tem cor laranja ou vermelho
reunidas em fascículos que saem na axilas das folhas; um mesmo galho possui
vários fascículos florais (várias flores agregadas em um mesmo ponto); fruto
tipo legume com até 3 sementes, de cor laranja ou vermelha.
Tronco e ramos com muitos espinhos, detalhes da casca de cor cinza e raias brancas. |
Onde ocorre: No Brasil ocorre
de forma espontânea em quase todos os estados do Nordeste e em Minas Gerais, nos
biomas Cerrado, Mata Atlântica e com maior intensidade, na Caatinga. Nos demais estados é cultivado. Não é endêmico do Brasil, também
encontrado nas Antilhas, Venezuela, Colômbia, Equador, Ilhas
Galápagos e Peru.
Mulungu-da-caatinga na Universidade de Brasilia. |
Usos: Ornamental, medicinal e madeira. O
mulungu-da-caatinga é uma árvore muito ornamental, tanto pela conformação ampla
da copa como pela florada de cor intensa, prestando-se para arborização de
ruas, jardins e alamedas, sempre em áreas abertas, pois é árvore de grande
porte. Na medicina popular a planta é utilizada como sudorífica, calmante,
emoliente e anestésica. Estudos fitoquímicos comprovam que o extrato das folhas
tem ação sedativa e antimicrobiana. A madeira pode ser aproveitada para a
confecção de palitos de fósforo, tamancos, jangadas, brinquedos e caixotarias. As
flores são comestíveis e também podem ser fonte de corante para tecidos. As
sementes, pelo seu colorido, são utilizadas na confecção de artesanatos.
Características agronômicas: A
época de floração varia de acordo com a região do
Brasil, no Centro-Oeste
ocorre nos meses de julho a agosto, quando a arvore está totalmente sem folhas.
A produção de mudas é feita por sementes, germinadas em
bandejas contendo areia ou vermiculita, em sacos de polietileno (20 x 7 cm) ou em
tubetes de polipropileno de tamanho médio. A profundidade de semeadura deve ser
entre 1- 2 cm e a emergência das plântulas ocorre entre 7 e 16 dias após a
semeadura. A propagação por estaquia de ramos também é possível, embora seja
mais trabalhosa e dependa do bom enraizamento dos ramos. A propagação clonal por
cultura de tecidos é uma opção, quando existe estrutura disponível.
Cuidados: As
sementes são consideradas muito tóxicas, não devem ser ingeridas, pois dependendo
da quantidade pode levar à morte. As cascas
do tronco e ramos são ricas em eritrina, um alcaloide que atua sobre o sistema
nervoso central causando paralisia, por isso seu uso medicinal não deve ser
feito sem o devido acompanhamento de um profissional de saúde.
Referências bibliográficas
ALVES, E.U. et al. Substratos para testes de emergência de
plântulas e vigor de sementes de Erythrina
velutina Willd., Fabaceae. Semina: Ciências Agrárias, 29(1), 69-82, 2008.
CARVALHO, P.E.R. Mulungu
(Erythrina velutina). 2008. Disponível
em Link.
LIMA,
H.C.; MARTINS, M.V. Erythrina in Lista
de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Disponível em: <Link>. Acesso em: 06 Ago. 2015.
Imagens: J. Camillo.
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